Semana da Pessoa com Deficiência

De forma bem tímida a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte divulgou a semana da pessoa com deficiência. Em seu texto ressaltou que tivemos avanços, que está melhor que dez anos atrás, que temos que avançar mais...

Acredito que devemos “eliminar barreiras”, uma divulgação mais substantiva em nossos meios de comunicação daria maior respaldo e impacto a esta causa. Divulgação de um balanço sobre os avanços sociais obtidos para as pessoas com eficiência e a apresentação de planos para investimentos em melhorias públicas será muito bem vindas.

Temos que refletir sobre a vida do deficiente e os problemas por que passa em nossa cidade. Nossas calçadas são acessíveis? Entramos e saímos de órgãos públicos com facilidade? Os prédios (pelo menos no centro da capital) são adaptados? A rodoviária, o parque municipal, os espaços culturais são freqüentáveis? Se na próxima eleição o prefeito de Belo Horizonte for cadeirante ele terá que entrar (possivelmente) pela garagem, porque pela porta da frente (Avenida Afonso Pena) ou pelos fundos (Rua Goiás) não tem (seque) rampa!

Sugiro que façamos uma caminhada por Belo Horizonte (centro e regionais) com os olhos e a aflição de uma pessoa com deficiência, só por um dia, ou uma hora, que seja.

Avançamos, com certeza, mas temos muito que adaptar.

Não tenha o texto acima como crítica degenerativa à iniciativa dos órgãos públicos, o que penso é que se poderia fazer mais e com mais determinação, timidez se tem (geralmente) na adolescência e BH já é uma centenária senhora. Quando se pensar em adaptação dos ambientes para as pessoas com deficiência, pense que temos carros extremamente confortáveis, contudo, para o homem do século XXI já se desenvolveu um carro design. Você conhece um carro design? É um carro que está AINDA MAIS ADAPTADO ao homem pós, ultra, (ou seja lá o que for) moderno. Então, se temos que adaptar os ambientes às pessoas SEM deficiência, por que não pensá-lo (o mundo) para as pessoas COM deficiência?

Assista ao vídeo O MUNDO ADAPTADO que mostra o que seria um mundo inclusivo, e os reflexos na vida de quem não está adaptado a ele. É uma leitura inversa da realidade que vivemos atualmente.

Pense: Podemos fazer mais por nós mesmos.

Rômulo Venades

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Semana da Pessoa com Deficiência aborda o tema Inclusão