Números pouco animadores.
O Centro Esportivo do Vale do Jatobá abrigou nesta terça feira, 09 de dezembro, a abertura da Segunda Rodada do Orçamento Participativo no Território V, antiga Sub 4. Somente 0,06% dos moradores, mais precisamente 458 pessoas estiveram presentes e assinaram seus nomes, defendendo suas obras.
Bons e saudosos os tempos em que um único bairro mobilizava mais de 600 pessoas! Havia energia positiva, empenho de Lideranças e participação popular. Atualmente, por mais que uma Liderança queira e se esforce, não consegue mobilizar sua gente que, infelizmente, está muito desacreditada do processo do Orçamento Participativo.
Jardim do Vale mobilizou 73 pessoas, com 7 delegados;
Vitória da Conquista 57 pessoas e 5 delegados;
Vila Pinho levou 61 pessoas conseguiu 6 delegados;
Vila Mangueiras com 50 pessoas fez 5 delegados;
Independência levou 181 pessoas e fez 18 delegados;
Vale do Jatobá levou 18 pessoas e conseguiu 1 delegado;
Vila Ecológica levou 6 pessoas; Ernesto 1 pessoa; Mangueiras 2 pessoas; Distrito Industrial do Jatobá 2 pessoas e Petrópolis 7 pessoas. Estes bairros não conseguiram fazer delegados, pois ficaram abaixo do teto de 10 pessoas.
Um governante em sã consciência JAMAIS irá acabar com o Orçamento Participativo, mas poderá minar suas bases, demorando para iniciar a execução de uma obra ou mesmo atrasando ou dificultando sua entrega.
Por mais que a prefeitura diga que não há obras atrasadas, não é isto que temos visto. O povo não sai às ruas para apresentar novas demandas porque não vê as obras de Orçamentos anteriores serem entregues.
O Orçamento
Participativo (OP) de Belo Horizonte está cada vez mais ausente da vida dos
belohorizontinos.
No ano de 2008 o então prefeito Fernando Pimentel entregou a obra de número 1.000 do Orçamento Participativo. De 2009 até 2014 a atual gestão da Prefeitura entregou apenas 180 obras, tendo igualmente aprovado um número reduzido ao longo dos seis anos.
É preciso
reavaliar, promover modificações e aperfeiçoar o Orçamento Participativo e
fazer com que se torne um instrumento de motivação e transformação social. As
alterações e manobras técnicas promovidas na gestão compartilhada não surtiram efeito na base da
pirâmide. A fórmula é simples, o povo quer escolher suas obras e quer que sejam
entregues dentro do prazo e que primam pela qualidade.
A base de uma
ideia realmente genial, que possa modificar e transformar um estrato social e
envolver a população deve partir do princípio de que possa ser expressa de maneira clara e pontual. Se a origem for simples e objetiva o resultado
será grandioso.
A Regional Barreiro, na edição 2015/2016 do Orçamento Participativo, mobilizou 1.612 pessoas, fazendo 149 delegados na Segunda Rodada. Números pouco expressivos, mas é a realidade deste instrumento que já foi a menina dos olhos da Prefeitura. É indicativo de que os gestores precisam, urgentemente, de um oftalmologista que lhes abra os olhos para o novo cenário que se apresenta: o povo não é bobo e não vai deixar passar em brancas nuvens esta perversa realidade.
Rômulo Venades
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