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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

As calçadas de Belo Horizonte

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A falta de segurança nas calçadas de Belo Horizonte

As calçadas de Belo Horizonte, em pouco mais de dois meses, voltaram a ganhar as páginas do noticiário da capital. Novamente buracos, pedras soltas, entulhos, falta de calçamento, pisos irregulares, obstáculos nos passeios dificultam o direito de ir e vir do cidadão.

O Código de Posturas do Município assume o papel de vilão da história, já que define a construção, a manutenção e a conservação como de responsabilidade dos proprietários dos imóveis. O problema se intensifica quando se define que a construção das calçadas deve ser em pedras portuguesas, as quais primam pela beleza em detrimento da segurança do pedestre, pois se desprendem com facilidade.

Já está passando da hora de o poder público, neste rol incluem-se executivo e legislativo, em dar cabo deste problema e proceder à alteração do código de posturas em prol do bem estar do munícipe. A calçada faz parte do logradouro público e com tal deve ser tratada pelo município. Não deve ser responsabilidade do proprietário as exigências postuladas no código. O legislativo deve proceder à sua alteração e definir que a construção, a manutenção e conservação devem estar a cargo da prefeitura. O que está em jogo é a qualidade de vida dos pedestres que circulam pela cidade, seja no hipercentro seja nas regionais.

Estamos em momento oportuno para sugerir, e ao mesmo tempo, cobrar de nossos candidatos a vereador e à prefeitura municipal propostas de alteração deste estado de coisas que tem prejudicado toda população. Os mais fragilizados são os idosos, os deficientes visuais, os cadeirantes, mas qualquer pessoa está sujeita a acidentar-se pelas calçadas de Belo Horizonte.

A prefeitura deveria assumir a calçada como parte do logradouro e uniformizar a construção, oferecendo segurança ao pedestre. Se hoje 10% da população tem alguma deficiência, 11% são idosos, além de mulheres grávidas e pessoas com alguma dificuldade de locomoção, teremos, por baixo, 35% da população sujeita a algum tipo acidente em nossas calçadas. Desta forma é importante que se inicie esta discussão com nossos representantes, para que o problema não se agrave ainda mais.

A solução não é espalhar fiscais pela cidade, exigindo que se cumpra a lei, uma vez que a responsabilidade é do poder público, pois a calçada é pública, assim sendo não deveria ser responsabilidade do proprietário, cuja posse do imóvel é do portão pra dentro.

A matéria Pedestre enfrenta corrida de obstáculos nas calçadas foi publicada no jornal Hoje em Dia do dia 30/08/2012.

Rômulo Venades

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Eliana Silva: a ocupação de agosto

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"O que a lagarta chama de fim do mundo,
Deus chama de borboleta"

Sob a nomeação de invasores e ocupantes, em momento algum tratados como "sem casa" ou "sem teto", em uma nota tímida no jornal de domingo, nas últimas páginas, Minas e BH ficaram sabendo do ressurgimento das pessoas que buscam uma casa na capital. Eliana Silva volta a ser cenário de disputa na região do Barreiro.  


FONTE: Jornal Hoje em Dia 26-08-2012

Eliana Silva: ressurgindo das cinzas

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Ocupação Eliana Silva ressurge das cinzas.

Gilvander Luís Moreira[1]

Dias 11 e 12 de maio último (2012), a Polícia Militar de Minas Gerais, com um fortíssimo aparato repressor – mais de 400 policiais, com cavalaria, tanque de guerra (caveirão), cachorros e muitas armas – despejaram 350 famílias sem-casa e sem-terra da Ocupação Eliana Silva, no Barreiro, em Belo Horizonte, MG. O povo resistiu 36 horas e, extenuado fisicamente, saiu do terreno, mas saiu de cabeça erguida.

As famílias comeram o pão que o diabo amassou após esse despejo. Muitas pessoas tinham perdido emprego porque apostaram na Ocupação. Outras não puderam voltar para os aluguéis de antes. Arranjaram-se novamente debaixo da cruz do aluguel, que é um espinheiro, ou, se humilhando novamente, pediram guarida em casas de parentes ou de amigos/as. Mas o povo não se dispersou. Semanalmente continuou se reunindo. Pouco a pouco o trauma do despejo foi sendo elaborado existencialmente. As lideranças do MLB – Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas – sacudiram a poeira, avaliaram os acertos e os erros e, junto com as famílias, tomaram a decisão de dar a volta por cima e retomar a luta.

Premidas pela necessidade, algumas famílias sem-terra e sem-casa ocuparam nos últimos dias um grande terreno abandonado há mais de 40 anos, ao lado da Vila Santa Rita, no Barreiro, em Belo Horizonte. Sabendo dessa lenta ocupação, na madrugada do dia 25 de agosto de 2012, mais de 300 famílias sem-casa, de forma organizada, entraram também para dentro da mesma área.

A polícia militar chegou ao raiar do dia e iniciou-se uma grande tensão que rondou até o início da tarde. Houve risco de massacre. Advogados, lideranças e apoiadores foram presos de forma ilegal, pelo simples motivo de estarem ali apoiando os pobres que lutam pelos seus direitos. Um apoiador que tentou entrar com uma caixa de pão para alimentar as crianças foi agredido e preso por policiais. A caixa de pão foi jogada no chão. Muitos policiais agiram de forma truculenta e arrogante. São calúnias as acusações que policiais colocaram no Boletim de Ocorrência para justificar as prisões. Um conselheiro do Conselho Estadual dos Direitos Humanos – CONEDH - e membro da Comissão Pastoral da Terra foi agredido verbalmente e fisicamente por militares. Teve a calça rasgada e saiu com escoriações no pescoço.

Um capitão que estava comandando a operação nas primeiras horas revelou-se muito nervoso e sem equilíbrio emocional, requisito imprescindível ao exercício de autoridade nesses momentos de conflito. Não aceitou conversar com lideranças que estavam lá tentando negociar e intermediar uma saída que fosse justa e pacífica. Negou-se a atender ao telefone a Sub-defensora Geral da Defensoria Pública do estado de Minas Gerais.

Foi injusto também o grande aparato repressivo usado. Mais de 100 policiais (do GATE, GEPAR, Tropa de choque etc), inclusive, helicóptero com vôos rasantes. Congelamento da área. Muitas pessoas que queriam se solidarizar foram impedidas de entrar na ocupação. Houve vários abusos de autoridade por parte de alguns policiais. Infelizmente, o militarismo ainda está muito arraigado em integrantes da polícia. É triste testemunhar o tanto que usam e abusam da autoridade. Tornam-se autoritários e, assim, pisam na dignidade do povo pobre que está ali lutando por direitos humanos, que são direitos sagrados. “Queremos apenas um pedacinho de terra para construirmos uma casinha para a gente viver. Não queremos nenhuma mansão. Somos humanos, não somos cachorros. Por que não podemos viver com dignidade?”, cobrou dona Maria, uma indígena do povo Pataxó, que após ser expulsa por latifundiários da terra do seu povo lá no Sul da Bahia, teve que tentar a vida na grande cidade com sua família. Agora, ao lado de outros 26 parentes Pataxós participam da nova Ocupação Eliana Silva.

É principalmente a necessidade que anima os pobres para se unirem e ocupar terrenos abandonados. É bom lembrarmos que o déficit habitacional em Belo Horizonte está acima de 150 mil casas. O prefeito Márcio Lacerda não fez nenhuma casa para famílias de zero a três salários-mínimos pelo Programa Minha Casa Minha Vida. O Programa Vila Viva, que em grande parte é Vila Morta, expulsa para a periferia da região metropolitana 40% das famílias que estão em favelas onde o Programa se instala. As famílias reassentadas em apertamentos, em “caixotes” conforme o povo diz, não agüenta ficar ali por vários anos. No 1º dia de inscrição para o Programa Minha Casa Minha Vida, há 3,5 anos, 198 mil famílias se cadastraram. A Prefeitura constrói, no máximo, mil casas por ano. Assim, serão necessários quase 200 anos para zerar o déficit habitacional na capital mineira.

É bonito ver a organização interna da nova Ocupação Eliana Silva. O povo está organizado em Núcleos e há muitas Comissões trabalhando: a) de Estrutura, b) de Segurança, c) de Creche, d) de Limpeza, e) de Coordenação, f) de Cozinha, g) de Doações, h) de Comunicação, i) de Apoio externo etc. “Somos uma só família”, dizem todos.

Ao participar do soerguimento de Eliana Silva - Ocupação Eliana Silva ressurgindo das cinzas -, retomando a luta, “metendo o pé no barranco”, para transformar a sexta-feira da paixão, que foi o despejo dias 11 e 12 de maio último, em um domingo de ressurreição, com os olhos do coração, vi cenas inesquecíveis: garra, coragem, união, solidariedade, audácia, entre as quais, a descrita no depoimento de Paulo Silvestrini, que transcrevo, abaixo.

“Hoje (25/08/2012) reergueu-se Eliana Silva. Em uma batalha muito forte: homens, mulheres, crianças, jovens e idosos, resistiram às investidas de uma polícia violenta, formando com o próprio corpo um cordão humano para conter o avanço das tropas. Policiais agindo com total desrespeito aos direitos humanos, visando a destruição do acampamento, ameaçaram a integridade física de quem estava lá, chegando a agredir com empurrões, prisões sem fundamento, e verbalmente com deboches e ameaças.

Eu nunca havia participado de uma ocupação e até certo momento não estava muito certo do que estava fazendo. Estava amedrontado, temendo por minha vida e pensando se aquilo realmente valia a pena. Foi quando enquanto segurava uma faixa, percebi que ao meu lado uma criança de mais ou menos 8 anos, veio por conta própria segurá-la. A frente dos policiais, olhava para eles fixamente. Um olhar firme e determinado. Um olhar de quem não tinha mais nada a perder, de quem foi abandonado, assim como o terreno em que pisava, por um governo corrupto, por uma sociedade miserável. Fisicamente, tudo o que ele tinha contra aquele batalhão com cassetetes, armas de fogo e escudo, era o seu pequeno e frágil corpo. Mas o que ele tinha por dentro o fazia maior que qualquer outro homem fardado naquele local. Chorei naquele momento e pensei: esse menino não tem para onde ir, mesmo se eu me machucar aqui, daqui a algumas horas voltarei para o conforto da casa onde moro, e ele? Se não fosse retirado a força no mesmo dia, teria de continuar no acampamento debaixo de uma lona, temendo a todo instante um ataque policial.

Depois daquele instante integrei o cordão humano chegando a ficar frente a frente com a tropa de choque. Não havia mais em mim traços daquele ser egoísta de antes, estava determinado a morrer, pois, do que para mim valeria continuar levando uma vida ignorante, negando a realidade, vivendo uma falsa felicidade.

Hoje (25/08) também é o dia do meu aniversário. Recebi meu melhor presente naquele terreno acidentado. Estar ao lado das pessoas da Ocupação Eliana Silva, ser uma delas. Tenho orgulho de dizer: Sou Eliana Silva!”

Eu também, Paulo, tenho orgulho de dizer: Sou Eliana Silva. Sou MLB. Se mexer com a nova Ocupação Eliana Silva, mexerá comigo e com muita gente que se comove com a dor dos empobrecidos e fica possuído por uma ira santa diante de tanta injustiça. A quem tem algum preconceito contra os pobres que levantam a cabeça, se unem, se organizam e partem para a luta pelos seus sagrados direitos humanos, sugiro: Vá visitar o povo nas ocupações. Puxe conversa, ouça e você experimentará o que Jesus de Nazaré viu e se alegrou exclamando: Quanta sabedoria![2] Enfim, a Ocupação Eliana Silva ressurgiu das cinzas e seguirá lutando pela construção de um mundo que caiba todos e tudo.

Belo Horizonte, MG, Brasil, 27 de agosto de 2012.

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[1] Frei e padre carmelita, mestre em Exegese Bíblica; assessor da CPT, CEBI, SAB e Via Campesina, em Minas Gerais, Brasil; e-mail: gilvander@igrejadocarmo.com.br – www.gilvander.org.br – www.twitter.com/gilvanderluis - facebook: Gilvander Moreira

[2] Para mais informações, consulte www.ocupacaoelianasilva.blogspot.com

domingo, 19 de agosto de 2012

MRS: Política da boa vizinhança

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Reunião entre MRS e moradores próximos à linha férrea.


Dia 16. 08. 2012
Local: Estação do Horto BH.
Apresentação Sra. Elaine, gerente geral da MRS.

Política de boa vizinhança. Foi apresentado um filme sobre a empresa MRS , sua atuação em MG, SP e RJ. A empresa transporta produtos siderúrgicos, minério, produtos metalúrgicos, produção agrícola. A MRS tem 1.760 Km de trilhos. Um vagão carrega 110 toneladas, tira das estradas 5 caminhões, uma composição com 130 vagões tira das estradas 110 caminhões. No Horto tem 1.066 empregados, em todo o País são 7.300 empregados.

Apresentação da política de boa vizinhança consiste em capinas das áreas da MRS, trilhos, entulhos que são jogados na beira linha, etc.

Criada no Brasil em 1957, em Minas Gerais atua deste 1931 e foi privatizada em 1980.

Projeto tomara que dê Tempo de atravessar a linha antes do trem

Coleta de entulho na região do Barreiro até o Bairro Tirol é de 2,6 toneladas de entulhos, sendo vasos, sofás, lixos domésticos, capinas arrumação de encostas e canaletas. Gastos R$38.000,00 reais este ano.

Orçamento estimado para 2013 para políticas de boa vizinhança R$41.000,00.

Desligamento de Maquinas só após 1 hora que ela estiver parada.

E obrigatório o uso de Buzinas no trem

Barulhos dos trilhos: substituir os trilhos de 10 metros pelos trilhos de 150 metros e soldar as junções para evitar barulhos nas emendas.

Segurança 24 horas nos trilhos para evitar acidentes de carros, pessoas e sinistros; segurança para motoqueiros, medição de ruídos com equipamentos na região do Barreiro, definição de projetos de gases, poeiras dos trens.

A MRS tem feito palestras em Escolas para tratar da segurança nos trilhos, além de programas sociais como educação ambiental, programas culturais.

O canal para comunicação de Associações, Lideranças de Bairros e da população do entorno da linha férrea é 0800 979 3636, ligação gratuita.

Presidente do comitê do Barreiro representante da MRS. ( Rafael )

Email para o contato das Associações castro@mrs.com.br

Podem ser enviados pedidos de capinas, perigos nos trilhos, entulhos dentre outras demandas.

Representando os Bairros Regina, Lindéia e imediações na reunião - Sr. Ernestimo Jaques da Costa e Antônio Ademiro Cassimiro.

Redação: Sr. Antônio Ademiro Cassimiro

Domingo tem brincadeira??? Tem, sim senhor!!!

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Domingo tem teatro no Parque das Aguas


Senhoras e senhores, o primeiro teatro de bolso de Belo Horizonte está em turnê no Barreiro. Após 15 anos de estrada, a Família Silva Teatro de Bonecos irá exibir seu acervo de bonecos e promover apresentações nos meses de agosto e setembro. Todas as tividades têm entrada gratuita.

As atividades começam no Parque das Águas Roberto Burle Marx (Av. Ximango, 809, bairro Flávio Marques Lisboa), no dia 19 de agosto, das 9h ao meio dia. Será apresentado o Circo de Bonecos, em espetáculo que conta a história do palhaço Marmelada e Goiabada e suas estripulias que envolvem o público com as formas animadas. A programação inclui também oficinas para o público infantil, confecção de bonecos, contação de história, sarau e exposição de bonecos feitos pelos centros culturais Urucuia, Lindeia e Santa Rita, além de performance de bonecos gigantes.

Os palhaços, animais, personagens da cultura brasileira que ganham vida durante os espetáculos, poderão ser vistos de perto durante a Exposição Família Silva Teatro de Bonecos 15 anos. O acervo de 30 bonecos, elaborados com técnicas de manipulação diferenciadas, será exposto juntamente com fotografias e documentos que contam a trajetória dos 15 anos do grupo de teatro. A exposição poderá ser visitada do dia três ao dia 30 de setembro, na sede da Associação de Teatro de Bonecos Origens (ATBO), Rua Triunfo, 200, bairro Miramar, das 14h às 17h.

A partir do dia 14 de setembro será apresentada a peça Papo de Boneco, em dois centros culturais do Barreiro. O primeiro centro cultural a receber o espetáculo será o Lindeia/Regina, localizado na Rua Aristolino Basilio de Oliveira, 445, Regina. No dia 21 de setembro será a vez do público do Centro Cultural Vila Santa Rita, localizado na Rua Ana Rafael dos Santos, 149, se encantar com os bonecos. As apresentações, serão às 15h. Outra boa pedida é a estreia do “Espetáculo Viking”, no Parque Lagoa do Nado, Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904, bairro Itapoã no dia 25 de agosto.

Conheça um pouco mais da Família Silva Teatro de Bonecos e acesse a agenda o grupo. Acesse: www.ATBO.com.br

FIQUE ATENTO

AGENDE-SE:
A reunião Ordinária da CRTT é na Terceira Segunda Feira de cada mês.
A reunião Ordinária do CONSELHO DISTRITAL DE SAÚDE é na Primeira Segunda Feira de cada mês.


Sugerimos aos Companheiros que leiam atentamente as Atas da CRTT, nelas constam solicitações e andamento de obras de cada Sub-região.


Foram inaugurados no dia 18 de junho de 2008 o CEM (Centro de Especialidades Médicas) Barreiro, além dos Centros de Saúde do Vale do Jatobá e Independência.