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domingo, 22 de dezembro de 2013

O OP Digital 2013 e o fim da participação popular

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                OP Digital: O fracasso da Prefeitura de Belo Horizonte

                A prefeitura de Belo Horizonte amargou um fracasso no Orçamento Participativo Digital de 2013. Por falta de mobilização, estruturação e logística, a administração Márcio Lacerda ficará com a marca de quem acabou com o Orçamento Participativo na capital mineira.
                A gestão atual não tem demonstrado interesse em estreitar os laços com a população, as decisões são estritamente técnicas, sem consulta ao povo, legítimo interessado no desenvolvimento da cidade. Infelizmente as consultas e audiências promovidas são pró-forma, primando pela falta de conteúdo e transparência com a coisa pública.
                Quanto ao Orçamento Participativo, o que se percebeu nesta última edição foi o descaso e o desinteresse em dar continuidade ao processo participativo popular, já que Lideranças e comunidades foram avisadas de última hora, sem planejamento e sem oportunidade de mobilização.
                A edição 2011 do OP Digital contabilizou 92.724 votos em obras espalhadas pela cidade, desta vez a prefeitura não passou dos minguados 8.900 votos em três obras pré-definidas pela administração.
                Nenhum administrador público seria audacioso ao ponto de acabar com o Orçamento Participativo, instrumento legítimo de participação popular na administração, mas o que se percebeu foi um sangramento do processo para desacreditar a população desta ferramenta importante de mobilização na participação dos munícipes na escolha de obras para a cidade.
                O Orçamento Participativo em Belo Horizonte nasceu com o Partido dos Trabalhadores na administração Patrus Ananias e desde então houve crescimento expressivo na participação popular. Mesmo na gestão Márcio Lacerda, em que se abriu uma ferida que não cicatrizou entre o prefeito e seu vice, denota-se que a administração conjunta com o PT foi essencial para a participação popular, pois havia interesse do partido que o povo estivesse sempre presente na administração da cidade. No primeiro ano da gestão Márcio Lacerda sem o PT houve um distanciamento do povo na administração da cidade e o Orçamento Participativo degringolou.
                Para o OP Digital o chamamento público foi tímido e o empenho mesquinho. Além disto, as obras do OP presencial estão praticamente paradas e as do OP Digital de 2011 sequer saíram do papel. É fato que o povo não desacredita da importância do Orçamento Participativo, todavia não se ilude com promessas, já que o anteriormente conquistado não foi entregue em tempo hábil.
                Espera-se que o resultado desastroso desta edição do OP digital sirva de exemplo para a administração de Belo Horizonte para que não cometa os mesmos erros em 2014, ano em que teremos o OP presencial. Se não houver empenho da prefeitura em dar continuidade às obras já conquistadas, se não houver participação popular no planejamento da cidade a próxima edição estará fadada a novo fracasso.
                Sem participação popular a cidade não avança; é o povo quem anda nas ruas, que conhece sua realidade, compreende suas necessidades, vive intensamente seu território, assim sendo,  nada mais justo que a administração pública convoque sua gente para pensar a cidade, antes de tomar decisões verticalizantes e arbitrárias.

Rômulo Venades

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Hospital do Barreiro: audiência pública 12 de dezembro de 2013

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

17ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO DE BELO HORIZONTE

Assunto: Notícias de irregularidades nas obras do Hospital Municipal do Barreiro.
  

TERMO DE AUDIÊNCIA


 Aos doze dias do mês de dezembro de 2013, na sala de audiências da 17ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, compareceram, após prévio agendamento, OTOMAR LÚCIO BARBOSA SILVA, identidade M-2.486.555, DILSON JOSÉ DE OLIVEIRA, identidade M-3.393.156, EUSTÁQUIO ALVES GOVEIA, identidade MG-6.163.401, JOSÉ MÁRCIO SILVEIRA REZENDE, MG-2.483.814, ROGÉRIO JERÔNIMO DA SILVA, identidade MG-4.348.455, SILVANIA DE SOUZA, identidade MG-3.693.900, CLAUDIA LUANIA GOMES QUEIROZ, identidade M-2.717.479, ANTÔNIO AGOSTINHO FERREIRA, identidade M-3.929.593, MARIA LÚCIA BARCELOS, identidade M-2.538.403, ESTER BARBOSA DA SILVA, identidade MG-7.238.248, NEUZA PEREIRA DE FREITAS, identidade MG-10.951.473 e ELIAS LOURENÇO DE SOUZA, identidade MG-2.138.779, todos moradores da região do Barreiro, nesta cidade, na presença de Eduardo Nepomuceno de Sousa, Promotor de Justiça. Aberta a audiência, pela ordem, informou o Promotor de Justiça que havia recebido ligação telefônica de S. Exa, Senhor Procurador-Geral do Município, Dr. Rúsvel Beltrame Rocha, o qual solicitou o adiamento da presente audiência, para que dela pudesse comparecer pessoalmente para a finalidade de apresentar a documentação solicitada pelo Ministério Público e, segundo ele, necessária para o melhor entendimento da questão. Os presentes compreenderam a ausência e optaram, ao invés de retornar a esta 17a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público amanhã, pela notificação posterior, a fim de que possam tomar conhecimento da referida documentação e, em seguida, aí sim, seja designada audiência com a presença de representantes da Prefeitura de Belo Horizonte e deles próprios. O Senhor Otomar Lúcio Barbosa Silva solicitou que fosse facultado aos moradores o direito de indicar comissão de moradores, a fim de acompanhar as obras de construção do Hospital Municipal. Ponderaram que todas as informações recebidas foram obtidas pela imprensa, sendo que os representantes da municipalidade sequer compareceram à audiência pública realizada na Câmara Municipal, em 07 de novembro de 2013. No último dia 09 de dezembro, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado, foi informado pelo Senhor Secretário Municipal de Saúde, interino, que as obras terão reinício em janeiro de 2014, com previsão de conclusão da primeira etapa, com entrega de 80 (oitenta) leitos de urgência, em 15 (quinze) meses e, finalmente, em 30 (trinta) meses, para a finalização das obras. Solicitaram os presentes maior transparência por parte do Poder Público Municipal com a comunidade do Barreiro, desde a interrupção das obras pela Construtora Santa Bárbara e sua posterior substituição. Não se tem nenhuma notícia a respeito de qualquer iniciativa tendente a cobrar multa contratual da empresa, nem a respeito do cumprimento da obrigação de depósito de caução contratual pela empresa. A empresa TRATENGE, inclusive, que assumiu as obras, chegou a informar aos interessados que realizou obras de reforço da estrutura das lajes e fundação, demonstrando que haveria problemas anteriores que necessitaram de tal intervenção. Que existe um temor fundado de que a área possa ser alvo de invasão. Solicitaram, ainda, seja oficiada a TRATENGE, solicitando remessa de eventual laudo sobre a construção. Nada mais havendo, nem sido perguntado, encerra-se o presente termo, que vai lido e assinado pelos presentes e por Eduardo Nepomuceno de Sousa, Promotor de Justiça.

Presentes (Moradores):

Promotor de Justiça:

AVENIDA RAJA GABAGLIA, 615, 1º ANDAR, CIDADE JARDIM - BELO HORIZONTE - CEP 30.380-103

TELEFONE (031) 3250-5036  E-MAIL: patromniobh@mp.mg.gov.br

FIQUE ATENTO

AGENDE-SE:
A reunião Ordinária da CRTT é na Terceira Segunda Feira de cada mês.
A reunião Ordinária do CONSELHO DISTRITAL DE SAÚDE é na Primeira Segunda Feira de cada mês.


Sugerimos aos Companheiros que leiam atentamente as Atas da CRTT, nelas constam solicitações e andamento de obras de cada Sub-região.


Foram inaugurados no dia 18 de junho de 2008 o CEM (Centro de Especialidades Médicas) Barreiro, além dos Centros de Saúde do Vale do Jatobá e Independência.