ARQUIVOS DO BLOG

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Inclusão Social - numa distante realidade

PRESENTE DE GREGO

No dia do professor a classe tomou ciência de uma medida pra lá de polêmica, a partir de janeiro de 2016 as escolas estarão obrigadas a acolher todas as pessoas com deficiência, independentemente da sua gravidade.

A inclusão social é um tema caro à nossa sociedade, os conceitos são diversos, a começar pela concepção preliminar de inclusão, já que o legislador a define como criar espaços físicos para receber a pessoa com deficiência, sendo que o problema vai além desta esfera, não se trata somente de dar acesso físico à pessoa, mas de saber como trabalhar com o indivíduo, pois se trata de um ser humano que precisa de cuidados como qualquer outra pessoa, nesse caso de modo especial.

A obrigatoriedade aplicada às instituições é uma forma de lavar as mãos para o problema, já que no entendimento estrito da lei, trata-se de preparar o espaço para receber o aluno. É uma preocupação para professores que não foram preparados para lidar com as deficiências e para os país e cuidadores que sabem que a escola e seu corpo docente não estão preparados para receber e acolher as pessoas com deficiência.

A preocupação do setor financeiro das instituições é quanto ao custo elevado das adaptações, sem se ater ao problema da formação do professor para lidar com este aluno, diga-se de passagem, nas escolas de formação o professor não é preparado para trabalhar com alunos com deficiência e sabemos que são "n" deficiências.

Sendo as escolas obrigadas a receber a pessoa com deficiência e os pais obrigados a encaminhar seus filhos para um local despreparado, o destino desses alunos é continuar no fundo da sala sem a devida atenção, e os pais apreensivos por terem ciência de que seus filhos estarão à margem de uma pretensa inclusão social.

O problema da inclusão não é exclusivo de escolas particulares, o poder público não se preparou para receber as pessoas com deficiência em suas instituições, uma vez que seus professores não passaram por processos de especialização ou formação adequados, as escolas não estão preparadas fisicamente e não conseguirão fazê-lo a toque de caixa para o ano vindouro.

É preciso que os especialistas em educação inclusiva mudem o foco de suas análises e percebam que não se trata somente de adaptações físicas, mas da forma de lidar com pessoas. A lei que garante inclusão precisa garantir formação para os profissionais que cuidarão das pessoas com deficiências, com respeito, com dignidade e, antes de tudo, com profissionalismo.

Enfim, instituições de ensino, professores, sindicatos, legisladores, cidadãos comuns e os governos precisam se debruçar sobre o tema e fazer uma discussão pontual, a inclusão social não é tão somente construir rampa ou piso podotátil para dar acesso à pessoa com deficiência, é  dar formação aos profissionais para trabalhar com estas pessoas e preparar "as pessoas normais" para saberem que em nosso mundo existem indivíduos que carecem de tratamentos especiais.

Rômulo Venades

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela sua visita e seu comentário!

FIQUE ATENTO

AGENDE-SE:
A reunião Ordinária da CRTT é na Terceira Segunda Feira de cada mês.
A reunião Ordinária do CONSELHO DISTRITAL DE SAÚDE é na Primeira Segunda Feira de cada mês.


Sugerimos aos Companheiros que leiam atentamente as Atas da CRTT, nelas constam solicitações e andamento de obras de cada Sub-região.


Foram inaugurados no dia 18 de junho de 2008 o CEM (Centro de Especialidades Médicas) Barreiro, além dos Centros de Saúde do Vale do Jatobá e Independência.